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29 de Março de 2012 | | |

As outras vozes

Os movimentos sociais colombianos convocam para Cúpula dos Povos

Diversas redes sociais colombianas estão convocando para a Cúpula dos Povos, que se realizará na cidade de Cartagena de 12 a 14 de abril, como alternativa à VI Cúpula das Américas, que se realiza nessa cidade de 14 a 15 desse mês e que reunirá presidentes de mais de 30 países do continente.

“Os movimientos sociais da Colômbia convocamos para a realização de uma Cúpula dos Povos em Cartagena (...), para debater e construir com nossos irmãos e irmãs da América uma posição conjunta sobre as relações hemisféricas e o papel da política dos Estados Unidos”, diz a convocatória pública. A ideia também é “apresentar nossas demandas aos governos, exigir que na VI Cúpula sejam debatidas nossas posições e denunciar a política de guerra da administração de Washington”.

Dentre as organizações e movimentos sociais colombianos que convocam à Cúpula dos Povos existem representações sindicais, indígenas, estudantis, religiosas, entre outras.

A convocatória expressa que as Cúpulas das Américas surgiram como ideia dos Estados Unidos, que pretendia promover seus enfoques sobre livre mercado e segurança hemisférica, através de sua proposta da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Essa iniciativa comercial fracassou na cúpula oficial de 2005 em Mar del Plata, Argentina.

As redes colombianas destacam que nos últimos anos “têm sido crescentes as posições divergentes de vários governos com a agenda do governo estadunidense”, com esforços de integrações regionais “autônomas”. Mencionam especialmente a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), a União das Nações Sul-americanas (UNASUL) e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), que excluem Canadá e Estados Unidos.

Os convocantes da Cúpula dos Povos de Cartagena advertem que o presidente estadunidense, Barack Obama, continua promovendo a tradicional posição hegemônica de seu país na região, com forte presença militar incluída, apesar de anúncios feitos em sentido contrário. Sua administração “avançou na militarização do Hemisfério, apoiou o golpe de Estado em Honduras e continua apoiando o regime ilegítimo de Porfirio Lobo, radicalizou a ’guerra’ contra o narcotráfico, que só tem servido para aumentar a militarização e a violência, não eliminou as sanções contra Cuba e não propôs mudanças na legislação migratória”.

Organizações como a Central Unitária de Trabalhadores da Colômbia (CUT), a Organização Nacional Indígena do país (ONIC) e a Rede Colombiana de Ação frente ao Livre Comércio (RECALCA), indicam no chamado público que o governo nacional “tem aprofundado a dependência dos Estados Unidos”. A administração do presidente Juan Manuel Santos “apóia a política de guerra” dos Estados Unidos “em nível mundial” e, além disso, “aprofunda o modelo econômico que tem levado inúmeros países e o mundo à grave crise e, que nos encontramos”. O governo colombiano está obstinado, segundo as organizações, em implementar os Tratados de Livre Comércio (TLC), “acentuando a política neoliberal de flexibilização do trabalho, privatizações da saúde, educação e serviços públicos, a apropriação de terras e o favorecimento da especulação financeira”, entre outras coisas.

Conforme o texto das redes colombianas, o rumo do governo de Santos “tem levado a aumentar a crise social, aprofundando o empobrecimento, o desemprego, o desalojamento, a perda da soberania alimentar e cultural, a degradação do meio ambiente, a desindustrialização”.

As organizações exigem a desmilitarização do continente, que os governos restabeleçam o direito de Cuba a participar na cúpula oficial (vários países pressionam nesse sentido) que exijam aos Estados Unidos o fim do bloqueio à ilha e de agressões s que não seguem seus “ditados”. Demandam ainda relações comerciais de “cooperação e benefício recíproco”, em detrimento dos TLC, e um “aprofundamento” dos “processos de integração autônoma”.

A seguir compartilhamos um vídeo divulgado pelas redes colombianas, realizado pelo periódico “desde abajo”, sobre a Cúpula das Américas e a Cúpula dos Povos em Cartagena. Nele fala o economista e professor universitário Héctor León Moncayo, porta-voz da RECALCA.

Foto: http://www.apc-suramerica.net

(CC) 2012 Radio Monde Réel

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