16 de noviembre de 2010 | Noticias | Justicia climática y energía
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O Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais acusa os 192 países integrantes da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climático de estar violando esse acordo, o que “pode ser considerado um crime de lesa humanidade”.
A rede ambientalista internacional ressalta a pressão das empresas sobre os governos para que não sejam implementadas “soluções verdadeiras” à crise do clima, mas responsabiliza os países por não atender imediatamente o centro da questão: “a eliminação total das emissões de combustíveis fósseis no menor prazo de tempo possível”.
As declarações foram feitas através de uma carta aberta circulada na sexta-feira, pela sede da organização, situada em Montevidéu, capital uruguaia.
Ali expressam que desde 1992, quando foi firmada a Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, “os governos têm feito muito pouco para enfrentar o problema” da mudança climática. “Ou seja, que durante quase duas décadas foi violado o espírito da Convenção, que visava evitar que a mudança climática acontecesse. Dadas suas possíveis consequências para a sobrevivência da humanidade, essa violação pode ser considerada um crime de lesa humanidade”, explicam.
A Convenção da ONU sobre mudança climática considera especialmente a responsabilidade histórica dos países industrializados na atual crise do clima, e estipula que são esses estados os que devem tomar a dianteira para enfrentar o fenômeno. Para isso são necessárias as reduções radicais de emissões contaminantes, a entrega de fundos para o Sul global (os mais atingidos), para os trabalhos de adaptação e mitigação da mudança climática, e a transferência de tecnologias para que os países dessa região se desenvolvam sob padrões mais sustentáveis.
Para o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais: “O principal sinal deveria ser o de colocar os combustíveis fósseis no centro do debate”.
“Que se deixe de lado o debate das falsas soluções as quais tornaram-se tão adeptos (’sumidouros de carbono’, ’desmatamento evitado-REDD’, ’Mecanismo de Desenvolvimento Limpo’, ’compensação de emissões de carbono’, etc.) e que se concentrem no verdadeiro problema: como sair rapidamente da era dos combustíveis fósseis”, indica.
Para a rede ambientalista, o primeiro passo a dar é claro: “seus governos deveriam começar por se comprometer em Cancún a um fim imediato e permanente da procura de novas reservas de combustíveis fósseis em seus territórios”. “Finalmente, devem estabelecer datas concretas para a total erradicação desses combustíveis”, sentencia.
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