10 de enero de 2011 | Noticias | Soberanía Alimentaria
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A Comissão Pastoral da Terra (CPT) do Brasil voltou a expressar sua desconformidade com as políticas em matéria de reforma agrária, levadas adiante pelo governo desse país.
A organização considera que 2010, o ano em que Luiz Inácio “Lula” da Silva, deixou a presidência, refletiu um retrocesso nas políticas destinadas aos trabalhadores sem terra: segundo a organização houve uma redução de 44% do número de famílias assentadas e uma queda de 72% na quantidade de hectares destinados à reforma agrária, todos estes números em comparação com 2009.
“O Incra tornou-se ainda mais ineficaz com o seu orçamento reduzido em quase a metade em relação a 2009”, considera a organização em nota publicada em seu site.
Para a CPT, o ano passado foi “o pior” dos oito nos que esteve Lula, do Partido dos Trabalhadores, como presidente, e responsabilizam-no por não ter cumprido o compromisso de aprofundar suas políticas nesta área.
“A situação dos camponeses e trabalhadores rurais é bastante grave! O campo exige mudanças a favor da cidadania, do desenvolvimento sustentável, contra a concentração de terra e contra o fortalecimento do já poderoso agronegócio brasileiro!”, afirma a CPT.
Os cortes no orçamento da entidade colonizadora, conforme a CPT, refletem que a reforma agrária não foi prioridade para o governo e que isso permitiu que o processo de concentração da propriedade da terra continuasse sendo imparável.
Diante deste panorama, a histórica disputa no campo brasileiro onde existem dois projetos de país, acabou sendo resolvida, novamente, a favor dos setores mais poderosos ligados ao latifúndio, conforme a CPT.
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