Tudo isto acontece no estado de Campeche, no sul do México, e já tem provocado a reação de grupos internacionais defensores dos direitos humanos

Um informe da organização Anistia Internacional conta que no dia 10 de julho às cinco da madrugada policiais federais invadiram as casas de Sara López González, Joaquín Aguilar Méndez, Guadalupe Borja, Elmer Castellanos e Guadalupe Vizcaíno na localidade de Candelaria.

Nenhum deles recebeu explicações sobre os motivos da detenção nem tiveram acesso à ordem da justiça. Depois soube-se que a justiça respondera a uma denúncia da para-estatal Comissão Federal de Eletricidade (CFE) pelo suposto sequestro de um de seus funcionários em setembro de 2008.

Desde a prisão, os ativistas afirmaram que trata-se de uma acusação falsa e que responde a uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais. Em janeiro de 2009 o funcionário supostamente sequestrado admitiu que tinha acompanhado voluntariamente este grupo de pessoas até uma comunidade por causa de uma denúncia por falhas no fornecimento de energia elétrica, diz o informe de Anistia.

O documento, onde pede-se a liberação dos cinco dirigentes sociais, acrescenta que frequentemente no México tem se respondido aos protestis legítimas com acusações criminais “sem fundamento ou desproporcionadas”.

No entanto, porta-vozes da CFE têm justificado nos últimos dias as demandas que têm apresentado à Procuradoria Geral da Nação porque, algumas pessoas têm realizado ações que “prejudicam o cumprimento das responsabilidades institucionais” do organismo, conforme o jornal La Jornada.

Além das detenções arbitrárias, as organizações de base de Campeche afirmam que vivem numa situação de “fustigamento permanente”. Na semana passada foi realizada em Candelaria, uma assembléia de usuários da CFE que denunciam os altos preços das contas, e ali denunciou-se a presença de infiltrados da Agência Federal de Investigações, vinculada à Procuradoria.

Foto: http://www.la-verdad.com.mx