30 de septiembre de 2010 | Noticias | Anti-neoliberalismo | Derechos humanos
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O presidente da Amigos da Terra Internacional, o nigeriano Nnimmo Bassey, tem sido declarado nesta quinta-feira como um dos vencedores do galardão “Right Livelihood Award”, também conhecido como Prêmio Nobel Alternativo. Outros três ativistas de outras partes do mundo também receberam o reconhecimento.
“Este prêmio é um reconhecimento às lutas conjuntas onde temos participado com as comunidades locais na Nigéria e outros países, em defesa dos direitos humanos e ambientais”, disse Bassey à Rádio Mundo Real.
“Acredito que este prêmio também indica que as lutas dos povos devem ser apoiadas. As corporações transnacionais e outras agências destrutivas não possam agora seguir seu agir sem ser chamadas a rendir contas”, acrescentou.
O juri premiou Bassey por ter revelado em toda sua extensão os horrores ecológicos e humanos da produção do petróleo, e destacou seu trabalho para reforçar o movimento ecologista na Nigéria e no mundo.
Os outros vencedores são: o bispo brasileiro Erwin Krautler, de 71 anos, por uma vida em defesa dos direitos humanos e meio-ambientais as populações indígenas, e por seus esforços para salvar a floresta amazônica da destruição; a organização israelense “Médicos para os direitos humanos-Israel” foi distinguida por seu trabalho a favor do direito à saúde para todos nesse país e Palestina; o nepalês Shrikrishna Upadhyay e sua organização Sappros, por ter demonstrado durante vários anos o poder da mobilização frente às múltiplas causas da pobreza, incluindo a ameaça da violência política e da instabilidade.
Os vencedores do Prêmio Nobel Alternativo receberão seu reconhecimento no dia 6 de dezembro em Estocolmo, Suécia. Ali fica a sede da fundação Right Livelihood Award, que realiza a entrega do prêmio e é uma plataforma políticamente independente sustentada com donativos individuais de diversos países, conforme seu site.
Conforme seus próprios estatutos, a fundação busca contribuir ao “balance ecológico global”, a eliminação da pobreza material e espiritual, e à consecução de uma paz e justiça duradoura no mundo. O prêmio, por sua vez, começou a concedeer em 1980 para “honrar e sustentar personalidades que propõem soluções concretas e exemplares aos desafios do mundo atual”.
É entregada todos os anos numa cerimônia celebrada no parlamento sueco.
Na conversa com Rádio Mundo Real, o presidente da Amigos da Terra Internacional destacou especialmente que o prêmio que recebe leva em conta, o trabalho junto a inúmeros movimentos sociais em todo o mundo. “É um claro reconhecimento de que os movimentos sociais são muito importantes na busca de soluções verdadeiras aos desafios que o mundo e o meio ambiente enfrentam atualmente, disse. Ao mesmo tempo, Bassey refletiu que “temos que intensificar nossa construção de movimentos, nossa liderança com nossos aliados estratégicos, e devemos saber que a luta não pode ser levada adiante sozinhos”. “Quando estamos juntos somos mais fortes”, sintetizou.
O ambientalista nigeriano lembrou a importância que tem para seu país este prêmio, e destacou especialmente as lutas nacionais. Este reconhecimento serve para “destacar os abusos aos direitos humanos e a destruição que estão levando adiante as corporações transnacionais petroleiras na Nigéria, como é o caso de Shell”, considerou Bassey. O Prêmio Nobel Alternativo “é bom para chamar a atenção do mundo”, acrescentou.
Finalmente, o presidente da Amigos da Terra reconheceu que o prêmio significa também uma maior responsabilidade para ele e seu trabalho futuro. “Mas compartilho ela com todos meus companheiros, disse a este jornalista em brincadeira. “Se unirmos nossas energias superaremos todos os obstáculos”, disse logo seriamente.
Foto: Amigos da Terra Internacional
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