A soberania alimentar para as organizações camponesas que compõem Conselho Nacional de Trabalhadores do Campo CNTC-CLOC – VC, é entendida como o direito das pessoas a comida saudável, culturalmente adequada, produzida com métodos ecologicamente responsáveis e sustentável, é o direito dos governos a definir sua própria comida e as políticas agrícolas do país sem prejudicar a agricultura de outros países.

Esses são os argumentos que os dirigentes do Conselho Nacional de Trabalhadores do Campo CNTC-CLOC-VC em El Salvador utilizaram para a criação do ante-projeto de lei que se apresentou à Honorável Assembléia Legislativa, no dia 6 de março do ano dois mil oito e que pelo momento não conta-se com uma resposta favorável nem desfavorável.

Foi nesse sentido que uma delegação de quinhentos camponeses esteve em frente ao Palácio Legislativo nesta quarta-feira 24 de novembro para demandar uma resposta ao ante-projeto de lei que tem sido apresentado aos legisladores, que a mantém “arquivada”.

Os camponeses organizados exigiram uma rápida aprovação da referida lei, bem como um protagonismo maior dos legisladores na aprovação das propostas que os diversos setores propõem ao Parlamento.

Junto com essa proposta a CNTC, organização salvadorenha que faz parte da Via Campesina e da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC) apresentou uma série de iniciativas de lei que fazem parte das demandas que as organizações pelos direitos dos camponeses e camponesas de El Salvador, Rogelio Soltero de San Julián, dirigente do Conselho.

As organizações campesinas do Conselho Nacional de Trabalhadores do Campo manifestaram sua firme convicção de “continuar o processo de luta que permita tornar possível a criação da lei de soberania alimentaria que permita ter uma alimentação mais sadia e saudável para o povo”, disse durante seu discurso Carlos Rodríguez, coordenador do Conselho Nacional de Trabalhadores do Campo CNTC.

Foto: Leonardo Peña Sánchez (CLOC/Vía Campesina Centroamérica)