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17 de Novembro de 2010 | Notícias | Direitos humanos
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Durante os últimos dias, os haitianos têm protestado nas ruas de seu país pela presença da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), exigindo a retirada dos militares nepaleses dessa missão, acusados de terem iniciado o surto de cólera que já tem causado a morte de 1.110 pessoas.
Os haitianos acusam os soldados nepaleses de terem provocado a doença, que não havia estado presente no Haiti nos últimos cem anos, já que as cepas encontradas no país correspondiam as encontradas no sudeste asiático. A Minustah negou esta versão.
O epicentro dos distúrbios foi a cidade de Cabo Haitiano, no norte do país. Se bem as autoridades haitianas chamaram a população a manter a calma, a situação agravou-se quando a polícia e a Minustah atiraram ao ar na multidão e utilizaram gases lacrimogêneos, e a população respondeu atirando pedras sobre as forças repressivas.
Em Cabo Haitiano, um jovem morreu por ferida de bala e outro morreu quando um dos efetivos da Minustah atirou pelas costas, na localidade de Quartier Morin.
Outras 16 pessoas foram feridas durante os protestos, ao tempo que há vários prisioneiros.
Além de causar centenas de mortes, a cólera tem atingido 18.382 haitianos, semeando o pânico entre a população que ainda não tem se recuperado do devastador terremoto de início deste ano.
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