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12 de Abril de 2010 | Notícias | Justiça climática e energia
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As organizações ambientalistas Earthlife África Johannesburgo e GroundWork Amigos da Terra África do Sul lamentam a decisão do Banco Mundial de efetivizar um empréstimo à empresa energética estatal Eskom, para a instalação de uma usina elétrica à carvão em Lephalale, província de Limpopo. A quantía atinge 3 bilhões de dólares.
“Mediante esta resolução, o Banco Mundial tem demonstrado, muito claramente, que não possui nenhuma consideração pelo estado do clima e o meio ambiente no mundo, o futuro de África do Sul nem os princípios econômicos de transparência e corrupção”, expressa um comunicado divulgado pelas duas entidades na quinta-feira, logo da aprovação do empréstimo. “Não é um prestamista responsável”, fustiga.
Eskom gera cerca de 95 porcento da eletricidade utilizada na África do Sul y en el entorno del 45 por ciento de la disponible en todo el continente, según dice la propia empresa em seu site. Gera, transmite e distribui eletricidade para clientes e redistribuidores industriais, mineradores, comerciais, agrícolas e residenciais.
O projeto da central elétrica de Medupi em Lephalale consta de 6 unidades com uma capacidade instalada de 4.788 megawatts. Está previsto que a primeira unidade esteja pronta em 2012 e a última em 2015.
Conforme Earthlife África Johannesburgo e GroundWork Amigos da Terra África do Sul, a usina à carvão emitirá cerca de 30 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, em momentos em que a humanidade precisa reduzir drasticamente suas emissões contaminantes, causas da mudança climática. O empréstimo do Banco Mundial demonstra que a entidade continua com uma política de negócios que agrava a crise climática ao invés de impulsionar as economias em desenvolvimento a usar alternativas limpas e ultimamente mais baratas, como a eólica e a solar, consideram as organizações.
Pesquisas locais e internacionais têm estabelecido que o sul da África será das áreas do mundo mais atingidas pelo aquecimento global, com secas, extinção de espécies, escassez de alimentos e propagação de doenças como a malária.
O coordenador de Projetos de Earthlife África Johannesburgo, Tristen Taylor, manifestou no comunicado: “dentro de 20 anos as pessoas olhará para atrás e verá este empréstimo como uma oportunidade perdida para um giro positivo do mundo. Eskom e o Banco Mundial têm cometido o error bárbaro de não considerar não só as circunstâncias extremas em que a humanidade está, como também a possibilidade de um desenvolvimento alternativo, mais limpo e mais eficiente”. “As crianças de hoje os julgarão duramente nos próximos anos”, considerou Tristen.
Já, o diretor de Groundwork Amigos da Terra África do Sul, Bobby Peek, alertou que “o custo ambiental e social deste desenvolvimento impactará em todos os sul-africanos porque as três maiores fontes de água, os rios Limpopo, Vaal e Senque, serão desviadas para tornar possível Medupi e outras usinas futuras”. “O Banco Mundial sabe que todo o país será atingido mas ]prefere ignorá-lo. Terá que prestar contas”, afirmou Peek.
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