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19 de Abril de 2010 | | |

Mudança de planos

Comunidade camponesa na Guatemala desalojada para produção de agrocombustíveis

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A criminalização das comunidades camponesas que lutam em defesa da terra na Guatemala é uma questão de todos os dias, conforme as organizações sociais desse país.

Por exemplo, o Comitê de Unidade Camponesa (CUC) denunciou que no dia 9 de abril, nas proximidades da cidade de Cobán, no departamento de Alta Verapaz, três dirigentes comunitários foram presos pela polícia nacional de forma arbitrária e ainda permanecem atrás das grades.

Eles são Jesús Yat de 55 anos, Álvaro Barahona de 20 anos e Oscar Manuel Xol de 45 anos. São líderes camponeses da comunidade Saquimo Sataña, integrada por cerca de 47 famílias que enfrentam uma orden de desalojamento da justiça.

O CUC afirmou através de um comunicado que estas ações fazem parte de um “processo de perseguição” de referentes do campesinato que levam adiante os grandes proprietários, em cumplicidade com o sistema judicial. Por isso exigem que o Ministério Público investigue imediatamente os funcionários envolvidos nisto e pedem a liberação dos sindicalistas que permanecem detidos.

O dirigente Daniel Pascual do CUC explicou à Rádio Mundo Real que por trás deste conflito agrário existe uma disputa de terras para destiná-las ao cultivo de palma e cana-de-açúcar, cujo destino final será a produção de agrocombustíveis.

Por outro lado, continuou Pascual, o comitê camponês está em pé-de-guerra contra a decisão do Estado da Guatemala de não convocar consultas comunitárias para decidir a viabilidade dos projetos de mineração em todo o território nacional, o que representa uma “violação constante” do estabelecido pelo Convênio 169 da Organização Internacional do Trabalho.

Além disso, o governo orientado por Álvaro Colom não acatou a resolução do organismo internacional que exigiu o fim das atividades extrativas, e concedeu um prazo para a moratória que terminou nesta sexta-feira 16 de abril.

Como nada disso aconteceu, agora as organizações sociais intensificam suas mobilizações e denúncias em nível internacional, diante do que consideram uma “atitude covarde” do governo que somente “facilita o saqueio” dos recursos cometido pelas transnacionais, é o que consideraPascual .

Foto: http://www.flickr.com/photos/elcanche/

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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