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14 de Março de 2012 | |

Não é um debate técnico

Milhares de pessoas em todo o mundo se preparam para o Dia Internacional contra as Barragens

O Dia Mundial de Ação contra as Barragens, que se comemora cada 14 de março, foi estipulado pela primeira vez na cidade brasileira de Curitiba em 1997, logo de terminado o "Primeiro Encontro Internacional de Povos Atingidos por Barragens".

Desde aquele momento, foram realizadas centenas de protestos em todo o mundo, que geralmente coincidem com as atividades que se realizam no dia 22 de março, Dia Mundial da Água.

Uma das principais referências destas lutas é a Rede Latino-americana contra as Barragens e pelos Rios, suas Comunidades e a Água (Redlar), que durante estes anos tem centralizado as lutas mais paradigmáticas para deter a construção de mega-projetos e o desalojamento de comunidades ribeirinhas.

No fundo, e além da resistência a iniciativas pontuais, estes debates incorporam várias dimensões que são importantes levar em conta, dentre eles o direito a defender os territórios, a soberania energética de nossos países e o papel que jogam, sobretudo em nível de governos, as grandes consumidoras de energia.

Também é importante colocar sobre a mesa quais são as alternativas energéticas que exploram os movimentos sociais vinculados a estas temáticas. Por exemplo, esta semana a questão é tratada em um artigo da Radioagência de Notícias do Planalto, que entrevistou Daiane Hohn, que integra a coordenação nacional do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB).

Entre outras coisas, a ativista brasileira propõe críticas ao atual modelo energético do Brasil mas também ideias sobre como seria um “projeto popular” para esse setor, no sentido de que efetivamente a energia a ser produzida beneficie o povo brasileiro.

“A matriz que está sendo usada pelo Estado brasileiro é basicamente a hídrica, a base de água. Um projeto energético popular está baseado em outras fontes de energia, que devem ser estudadas e colocadas em prática, como a eólica, a solar, e até a hídrica, mas não com esta intensidade”, argumentou a militante do MAB, convencida de que este é um debate más político do que técnico.

Além das dezenas de atividades que prepara o MAB, também estão convocadas outras na Colômbia, México, Chile, Costa Rica, Panamá e Argentina, entre outros países.

Por exemplo a localidade argentina de Alba Posse, na província de Misiones, grupos ecologistas locais protestarão com a construção das barragens de Panambí e Garabí, enquanto que no Movimento Mexicano de Atingidos por Barragens em Defesa dos Ríos MAPDER convoca neste 14 de março para uma série de mobilizações em diversas cidades do país, que serão divulgadas por Rádio Mundo Real.

Foto: Redlar

(CC) 2012 Radio Monde Réel

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