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9 de Maio de 2011 | | |

O campo universitário

Camponeses do Brasil fazem questão na formação de novas gerações

O lugar já foi escolhido, as obras já começaram e as aulas começarão em 2012. O assentamento camponês Oito de Junho em Laranjeiras do Sul, no Paraná, será o primeiro do Brasil em contar com um prédio de uma universidade federal.

Trata-se da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que a partir de 2012 implantará um prédio universitário para 500 estudantes da região, segundo informou o portal do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Agronomia com ênfase em Agroecologia; Desenvolvimento rural e Gestão Agroindustrial; Engenharia de Alimentos; Engenharia de Aquicultura e Licenciatura em Educação do Campo serão os cursos que, em princípio, vão ser oferecidos nessa casa de estudos.

O assentamento Oito de Junho foi criado em 2000 pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a partir da desapropriação de um latifúndio improdutivo de 1.477 hectares. Segundo divulgou MST, atualmente moram 71 famílias, sendo sua principal atividade produtiva a criação de gado leiteiro e a produção do leite.

O Incra doou 42 hectares para a UFFS construir o campus universitário, a fim de “contribuir com a reforma agrária no país”.

Elemar Cezimbra, do setor de Formação e da direção paranaense do MST, explicou, em entrevista com o Jornal Sem Terra, quais as vantagens de ter um prédio universitário em um assentamento.

“Os assentados e a juventude poderão estudar. A localização vai ser realmente decisiva, já que todos os dias, centenas, tal vez milhares de jovens, verão a reforma agrária real. A Universidade estará inclusa na reforma agrária e a reforma agrária estará inclusa na Universidade”, resumiu Cezimbra.

Nas últimas semanas, o MST conseguiu outros avances em matéria de formação, uma bandeira de luta que tem se tornado prioritária para a organização mais importante do Brasil.

A finais de abril, o governador de Rio Grande do Sul, Tarso Genro, anunciou a reabertura das escolas itinerantes do MST, fechadas em 2009, enquanto a Universidade da República (Udelar na sigla em espanhol) do Uruguai agiliza os trâmites para a criação de uma Licenciatura em Veterinária para camponeses latino-americanos.

Uma delegação do MST apresentou, em 2010, essa proposta ao presidente José Mujica, que enviou a mesma ao reitor da Udelar, Rodrigo Arocena.

Além do aval do reitor, de organizações sindicais e estudantis, a iniciativa foi aprovada, há alguns dias, por decisão unânime do Conselho da Facultade de Veterinária, faculdade onde se implementaria esse novo curso.

Foto: http://www.flickr.com/photos/galeria_miradas/

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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