O fato, registrado pelo site do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem já alguns meses, mas nada indica que a situação tenha mudado.

Agora, um artigo publicado no dia 31 de agosto pela Radioagência NP revelou que a justiça paraense pediu medidas de proteção especial para trabalhadores rurais ameaçados de morte nesta conflitiva zona brasileira.

Conforme o site, o caso mais grave denunciado nas últimas semanas é o do dirigente Raimundo Belmiro, já que denunciou-se que um empresário local chegou a oferecer aproximadamente 50 mil dólares para que o assassinassem . “São inúmeras as lideranças ameaçadas por madeireiros, grileiros e pistoleiros no estado”, afirma-se na matéria da Radioagência NP.

Além disso, as autoridades estaduais receberam uma comunicação do Ministério Público Federal (MPF), que expressou preocupação pela situação de vulnerabilidade dos familiares de Zé Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo, assassinados em maio na zona de Nova Ipixuna, onde estavam assentados.

Segundo um comunicado da Comissão Pastoral da Terra (CPT) –uma referência no Pará em matéria de conflitos agrários-, os familiares do casal estão fazendo uma “cruzada” para pedir o esclarecimento de ambos homicídios, em meio a uma investigação cheia de irregularidades.

Para as organizações locais, a omissão da justiça permitiu, entre outras coisas, que os principais suspeitos tenham podido fugir do Pará. “Diante da falta de justiça, os familiares iniciaram uma campanha, tentando provocar uma pressão política”, afirma a CPT, sobre as reuniões que tiveram com autoridades ministeriais em Brasília, a capital do país, e Belém, a capital do Estado.

Dentre outras demandas, pediram que a causa judicial “seja federalizada”, devido às possíveis pressões que sofrem os juízes do Pará. E enquanto essa impunidade for mantida, as cifras dos conflitos agrários e os assassinatos de militantes nesta região brasileira são cada vez mais preocupantes.

Foto: www.cpt.org.br