4 de agosto de 2010 | Noticias | Industrias extractivas
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A decisão do presidente da Guatemala, Álvaro Colom, de prorrogar o contrato de exploração da petroleira francesa Perenco por mais quinze anos é uma forma de legitimar o “saqueio” dos recursos naturais no departamento de Petén, um dos mais ricos em biodiversidade do país centro-americano.
“Fora do país, Colom define-se como um social-democrata, mas nós temos claro que representa a direita e que sua política econômica tem se dedicado a defender os interesses das transnacionais”, questionou o dirigente Daniel Pascual, membro da Coordenação e Convergência Nacional Maya Waqib´ Kej, uma das organizações que se opõe ao acordo com Perenco.
Numa entrevista com Rádio Mundo Real, Pascual alertou que as atividades da corporação, presente na Guatemala há várias décadas, impactarão agora sobre “um dos pulmões do mundo” –o Petén é uma região selvática-, e também sobre templos sagrados da civilização maia.
“O presidente havia dito que não ia conceder novas licenças de exploração e resolveu não manter sua palavra para ceder às transnacionais”, afirmou o dirigente, que lembrou que apenas 1% das royalties que vai obter Perenco si continuam no país.
A organização indígena apóia as ações na justiça levadas adiante por grupos ambientalistas para deter a atividade de Perenco, e confirmou que também vai recorrer à justiça para que o governo acate as recomendações internacionais de suspender os trabalhos da mina Marlin.
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