13 de julio de 2009 | Noticias | Justicia climática y energía
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Restam poucas medidas aos indígenas da comunidade panamenha de Charco La Playa de luta para manifestar seu rechaço à construçao da hidrelétrica Chan 75.
Há alguns dias tomaram a decisao de nao enviar seus filhos à escola atè que se detenham as obras e se cumpra com uma medida cautelar da Comissao Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH), na qual se exige a paralisaçao dos trabalhos.
Charco La Pava está localizado a uns 300 metros do lugar escolhido pela companhia AES Changuinola para a central hidrelétrica.
Héctor López, referente dessa comunidade disse ao jornal panamenho La Prensa que os habitantes da zona estao preocupados porque o governo “está ignorando a medida” da CIDH, e afirmou que nao havia nenhum diálogo com os privados atè que nao se cumpra com a suspensao.
O governo disse que a proposta da CIDH é “pouco objetiva”, que seus relatores deveriam conhecer em profundidade a situaçao dos povos indígenas que vivem nessa regiao do Panamá, e que a informaçao que se utilizou tem mais de um ano.
Um artigo publico há alguns dias no site de internet de ALAI por Bartolomé Clavero, membro do Foro Permanente das Naçoes Unidas para as Questoes Indígenas, dá um enfoque interessante para conhecer melhor este conflito.
Segundo o autor, em diferentes pontos da América Latina se estao impulsionando projetos coorporativos com apoio político, cujo efeito mais visível consiste em que comunidades indígenas sao fustigadas , deslocadas e privadas de seus meios de subsistência.
Casos como o de Charco La Pava estao contemplados na Convençao das Naçoes Unidas sobre Prevençao e Sançao do Delito de Genocídio, quando se refere a um estado de “submetimento intencional a condiçoes de existência, acarretando sua destruçao física, total ou parcial”. A pregunta que faz Clavero é a seguinte: “Está a América semeando pequenos genocidios?”.
Os promotores privados de Chan 75 criaram um programa de “reaasentamento participativo” , uma terminologia empresarial que é replicada por Clavero. “Dizer neste contexto reassentamento participativo quer dizer expolio consentido à força ou assassinato por suicídio. (…) Quem ia dizer que sob esse gênero encerra-se a tentativa de cometer algum outro pequeño genocídio, genocídio a fim e a cabo.?”, continua.
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