27 de octubre de 2009 | Noticias | Derechos humanos
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A crise gerada em Honduras por causa do golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya está chegando a seu fim. Ou pelo menos, foi o que opinou o chefe da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) nesse país, o chileno John Biehl.
Em declarações à Rádio Cooperativa do Chile, Biehl afirmou que provavelmente se atinja um acordo nesta semana entre os representantes do governo constitucional e os delegados do regime de Roberto Micheletti. “A aproximação a um acordo final está muito perto e a vontade de restituir a ordem institucional em Honduras é clara”, afirmou o funcionário.
As negociações haviam se estancado devido a que o governo de facto negava-se a aceitar que Zelaya voltasse à presidência, o que foi considerado pelos zelayistas como uma tática dilatória da ditadura para continuar no poder até serem celebradas as eleições presidenciais, previstas para o fim de novembro.
Por sua vez, a Frente Nacional contra o golpe de Estado em Honduras ratificou que não irá reconhecer o processo de eleições se não for reestabelecida a institucionalidade democrática. “O povo não vai apoiar a farsa eleitoral que os golpistas estão preparando”, afirmou ao veículo Prensa Latina o dirigente camponês Rafael Alegría, um dos referentes do bloque opositor à ditadura.
A opinião manifestada pela Frente Nacional contra o golpe de Estado é compartilhada por toda a comunidade internacional. Nesta terça-feira soube-se que inclusive o governo estadunidense, ao que tem se criticado por ter uma posição moderada com o golpe, enviará altos funcionários a Honduras para que exerçam pressão para acabar com a crise.
Foi o que informou o The New York Times, e acrescentou que a decisão de enviar funcionários acontecia depois de a secretária de Estado Hillary Clinton ter dialogado com Zelaya e Micheletti, expressando sua “crescente frustração” pela situação de Honduras.
Conforme o jornal, Clinton teria reservado as palavras mais duras para o ditador, já que os Estados Unidos considervam que havia sido o ator “mais difícil”.
Por sua vez, o senador democrata John Kerry, presidente do Comitê de Relações Exteriores, pediu nesta semana a seu governo a condenar firmemente o que acontece em Honduras.
"Micheletti deveria ter perfeitamente claro que o golpe e suas decisões marciais de fechar mídias, assediar e prender políticos e influir nas eleições são inaceitáveis e não serão bem-sucedidas", disse ao The New York Times um porta-voz de Kerry.
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