O governo colombiano autorizou a empresa EMGESA, filial da multinacional espanhola ENDESA, para que com seus próprios recursos e para seu único e exclusivo benefício construa a central hidrelétrica El Quimbo, que estará situada a 1.300 metros acima da desembocadura do Río Páez sobre o Rio Magdalena.

O projeto El Quimbo propõe unicamente gerar energia para EMGESA. Além disso a concentração dos beneficios econômicos nos agentes transnacionais que operam impunemente na Colômbia, a construção deste mega-projeto terá profundas consequências ambientais, sociais, políticas e culturais, como a inundação de dois mil hectares de cultivos permanentes e transitórios, inundação de vias de acesso aos municípios, despejo de 427 famílias, cerca de 1.466 pessoas e perda de seus empregos na região, e o cancelamento de nove distritos de irrigação, além de outras consequências.

Na Colômbia estão sendo projetados vários megaprojetos com estas características, que favorecem o corporativismo transnacional às custas dos direitos e os benefícios da população. Neste contexto e como instrumento para a articulação e a discussão sobre as alternativas, diversas organizações e plataformas sociais realizaram o Encontro Nacional de Soberania Alimentar e Energética Sustentáveis, onde foi celebrado o pronunciamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos que indica que fará um acompanhamento da situação das barragens na América Latina e os impactos que ellas estão tendo nos direitos humanos dos povos.

Foto: http://www.rel-uita.org