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17 de Janeiro de 2012 | |

Política de território

Ocupação de terra no norte do Uruguai

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Trabalhadores da cana ocupam terras improdutivas no norte do Uruguai e criticam a atitude indiferente do governo em relação a sua demanda de terra para trabalhar e melhorar suas condições de vida, determinadas hoje pela safra da monocultura de cana.

No norte do Uruguai, em Bella Unión, as temperaturas nesta época chegam a superar os 50°C. A esse calor somou-se a decisão dos trabalhadores da cana de ocupar terras improdutivas para forçar uma negociação com o Instituto Nacional de Colonização (INC), organismo ao que os trabalhadores exigem “um pedaço de terra para acabar com o trabalho temporário e melhorar nossa condição de vida e de nossas famílias”, algo que o projeto sucroalcooleiro.

A decisão foi adotada em assembleia na sexta-feira 13 de janeiro pela União de Trabalhadores Açucareiros de Artigas (UTAA), uma das principais organizações de assalariados rurais uruguaios e com meio século de luta pela reforma agrária nesse país.

Na ação de ocupar 530 hectares em mãos de um conhecido “usurário” de Bella Unión participaram 80 famílias, disse à Rádio Mundo Real o dirigente da UTAA Juan Santana.

Juan disse que o sindicato esteve trabalhando em um projeto que apresentou há um ano e meio ao INC, ao Escritório de Planejamento e Orçamento e ao Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca. O objetivo da UTAA era conseguir ser "colonos e trabalhar a terra com suas próprias mãos", explica o sindicato em um comunicado de imprensa.

Afirma também que o projeto que gestiona o Estado através da empresa pública uruguaia ANCAP em associação com a venezuelana PDVSA para a produção de açúcar e etanol de cana não tem se traduzido em uma melhoria nas condições de vida das famílias de assalariados, marcada pelo trabalho temporário que lhes oferece fontes de emprego apenas cinco meses do ano.
Nesta segunda-feira, uma nova assembleia de UTAA resolveu deixar sem efeito a medida considerando que o fato político foi realizado.

Os referentes da UTAA foram convocados pela Justiça local e, ao ter abandonado a medida, não foram detidos nem sofreram consequências, disse Santana que manifestou que a política de colonização do Poder Executivo favorece aos grandes latifundistas e não aos assalariados rurais e produtores familiares sem terra.

Foto: caio.uy.over-blog.com

(CC) 2012 Radio Monde Réel

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