E levam até esse lugar várias propostas, a pesar de que sabem que não se trata do âmbito mais propício, fundamentalmente porque advertem que existem tentativas de transformar a conferência em uma plataforma, segundo eles, “para que as empresas mercantilizem a natureza”.

Uma delegação que está presente em Durban é a Coordenadora Andina de Organizações Indígenas (CAOI), que reúne grupos de base da Bolívia, Equador, Peru, Colômbia, Chile e Argentina.

Em um documento que divulgaram na prévia das atividades, propõem uma série de reivindicações, dentre elas respeitar os direitos dos povos indígenas conforme as obrigações e instrumentos internacionais relevantes, como a Declaração das Nações Unidas sobre Direitos dos Povos Indígenas.

Também falam da “plena e efetiva” participação dos povos indígenas em “todos os níveis de tomada de decisão”, bem como da necessidade de reconhecer e proteger o conhecimento tradicional dos Povos Indígenas e sua contribuição com as estratégias de adaptação e mitigação.
“Não às falsas soluções baseadas na mercantilização da natureza”, indicam em outro trecho.

Miguel Palacín Quispe, referente da CAOI, explicou no programa La Voz de los Movimientos que os povos indígenas propõem ainda que seja estipulado um segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto, apesar de ele não levar em conta aspectos específicos dos povos indígenas.
Nesse sentido, as organizações que integram a CAOI pedirão em Durban que seja garantida a implementação de instrumentos jurídicos internacionais de proteção dos direitos humanos dos povos indígenas, como o Convênio 169 da OIT e a Declaração das Nações Unidas já mencionada.

Foto: http://www.flickr.com/photos/43288608@N04/