5 de abril de 2010 | Noticias | Anti-neoliberalismo
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O oficialista Movimento ao Socialismo de Bolívia (MAS) venceu em seis dos nove governos em disputa nas eleições do domingo, onde também foram eleitos prefeitos e vereadores. O presidente Evo Morales expressou seu convencimento de que os resultados confirmaram que a Bolívia democrática e participativa está imersa num processo que não se detem de reformas estruturais a favor do povo.
De todas as formas, a oposição mostrou-se satisfeita e celebrou depois das eleições, especialmente a direita neo-liberal, por obter o triunfo para a maioria das prefeituras do país. Os resultados oficiais estarão prontos no dia 14 de abril.
O MAS venceu nos departamentos de La Paz, Oruro, Potosí, Cochabamba, Chuquisaca e Pando, um dos bastiões da direita até agora, que compõe a chamada “meia-lua” ao leste da Bolívia junto a Santa Cruz, Beni e Tarija (os três em que triunfou a oposição).
Evo Morales convocou os opositores a unirem-se ao processo de mudança e deixar de lado o enfrentamento para os próximos anos de gestão. Antes das eleições Morales havia manifestado que não trabalharia com os governadores de outros partidos. O presidente tem expressado reiteradamente que a oposição em movimentos cívicos e grupos de poder econômico e político nos departamentos de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija, pretendeu deter o processo de mudança durante seu primeiro mandato sem perceber que prejudicou o desenvolvimento de suas regiões.
No entanto, o domingo Morales disse estar disposto a coordenar o trabalho com aquelas frentes de oposição que chegaram às prefeituras e governos departamentais, desde que coloquem por cima os interesses das populações e não os partidários ou pessoais.
Morales destacou o avanço do MAS na Bolívia. “Passamos de ter nove porcento nas eleições de 1995 a mais de 20 porcento em 2002, e depois a 54 porcento em 2005, até chegar em dezembro do ano passado a mais de 64 porcento”, disse conforme a Agência Boliviana de Informação. “Nas eleições de 2005 o MAS obteve apenas três departamentos, e neste ano foram seis”, destacou.
As palavras de Morales destacan o mesmo que em dezembro do ano passado, depois da reeleição presidencial, dissera à Rádio Mundo Real o embaixador da Bolívia nas Nações Unidas, Pablo Solón.
“Este é um novo triunfo democrático de uma revolução profunda que vive a Bolívia”, disse Solón. O contundente triunfo de Morales “demonstra sem qualquer lugar a dúvidas que o povo boliviano tem dito basta ao modelo neoliberal, basta aos grupos de poder oligárquicos, e deve-se empreender um processo de mudança”, acrescentou.
Solón destacou que “com certeza não deve ter existido na história da Bolívia, um movimento e um líder que tenha vencido tantas eleições e referendos como as que temos vencido nestes quatro últimos anos”.
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