26 de mayo de 2010 | Noticias | Justicia climática y energía
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Neste mês, a organização de base Via Campesina participou numa delegação de grupos da sociedade civil que acompanhou o presidente boliviano Evo Morales a apresentar o acordo surgido da Conferência Mundial sobre Mudança Climática e Direitos da Mãe Terra – realizado em Cochabamba em abril- ao Secretário Geral das Nações Unidas Ban Ki-moon, o G77 e a China.
A organização camponesa considerou que foi uma oportunidade histórica para que a sociedade civil fosse consolidando seu espaço nas Nações Unidas face à próxima rodada de negociações oficiais na Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CMNUMC), que acontecerá em Cancún em dezembro deste ano.
Num comunicado emitido pela Via Campesina, um dos representantes da organização que acompanhou o mandatário boliviano, o Padre Tomás Balduino –que integra a Comissão Pastoral da Terra do Brasil- manifestou que, graças à ação de Morales, abria-se “um novo caminho” para os movimentos.
"Como delegado da Via Campesina, posso dizer a meus colegas dos movimentos sociais do Brasil que, graças à intuição e à ação de Evo Morales, abriu-se um novo caminho para formular os pedidos dos movimentos sociais à ONU através do Secretário Geral, e possivelmente em Cancún durante as próximas conversações oficiais internacionais sobre o clima ", afirmou.
O chamado “Acordo dos Povos de Cochabamba” é uma alternativa ao acordo emanado de Copenhague durante as negociações das Nações Unidas, que foi cooptado pelos interesses das grandes potências. Este último acordo tem como objetivo, conforme o embaixador da Bolívia nas Nações Unidas, Pablo Solón, “minar o Protocolo de Kyoto”, instaurando um sistema amplo de reduções de gases de efeito estufa, sem estabelecer diferenças entre países ricos e pobres, e sem contemplar as emissões procedentes da agricultura industrial, que representam um terço das emissões em nível mundial.
"A agricultura não está sendo debatida nas negociações da CMNUMC como deve ser, enquanto que na Conferência dos Povos debateu-se muito, já que grande parte das emissões de gases de efeito estufa procedem da agricultura. O desenvolvimento agrícola não deve estar baseado no desenvolvimento de negócio e benefícios, mas sim no desenvolvimento sustentável, a agricultura camponesa que está em harmonia com a natureza. A soberania alimentar deve ser sobre a mesa", afirmou Solón, conforme o comunicado da Vía Campesina.
No comunicado, indica-se por sua vez que atualmente, a empresa estadunidense Monsanto está pressionando para que suas plantações de soja transgênica possam obter créditos de carbono, enquanto que a secretaria da CMNUCC discute sobre se as plantações de monoculturas de eucaliptos e pinos transgênicos serão consideradas como "florestas" nos marcos do programa de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD).
Foto: http://api.ning.com/
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