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30 de Agosto de 2010 | Notícias | Soberania alimentar
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Um novo relatório publicado nesta segunda-feira pela federação de organizações ambientalistas Amigos da Terra Internacional indica que o aumento na demanda de agrocombustíveis nos países do Norte está fazendo com que as empresas estrangeiras aumentem a quantidade de terras que possuem na África, atingido diretamente os direitos sobre o território das comunidades locais.
A pesquisa estudou o que acontecia em relação a este tema em 11 países africanos, encontrando que pelo menos cinco milhões de hectares têm sido adquiridos por empresas principalmente chinesas e européias para a produção de combustíveis de origem vegetal.
Num comunicado divulgado hoje pela federação ambientalista, Mariann Bassey, coordenadora do programa de Alimentação e Agricultura da Environmental Rights Action -grupo nigeriano da Amigos da Terra-, disse que a expansão dos agrocombustíveis estava transformando as florestas e a vegetação nativa em cultivos destinados a alimentar os automóveis, prejudicando diretamente as comunidades que cultivam a terra e gerando conflitos sobre a posse dela.
“Queremos investimento real em agricultura que nos permita produzir alimentos, e não combustíveis para automóveis estrangeiros”, afirmou Bassey.
O comunicado também refere-se a um relatório vazado do Banco Mundial, que estudou o fenômeno da concentração de terras, e que indica que os conflitos com as comunidades locais são comuns e que ocorrem normalmente devido aos direitos sobre o território.
Além disso, anuncia que acumulação de terras poderia aumentar se a União Européia prosseguir com suas metas quanto às percentagens requeridas de agrocombustíveis dentro do bloco, o que intensificará os danos às comunidades dos países mais pobres.
Foto: http://www.foei.org
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