Nos protestos -realizados na capital do estado, Phoenix-, 45 pessoas foram detidas. As principais marchas aconteceram em frente ao tribunal federal da cidade, para apoiar a decisão da juíza Susan Bolton, que alguns dias antes suspendeu alguns dos artigos da lei, que começou a vigorar parcialmente a partir da quinta-feira.

A juíza havia restringido o poder que a lei dá à polícia para deter qualquer imigrante indocumentado e determinar sua expulsão, no entanto, declarou que a normativa era constitucional, não aceitando as reclamações das comunidades hispanas e grupos de direitos civis, que afirmam que a lei é um retorno aos perfis raciais já que permite a detenção com base no aspecto físico.

Dentre outras características da normativa, está a de deter os imigrantes indocumentados por um período de até seis meses, e a possibilidade de aplicar-lhes multas antes de proceder a sua expulsão dos Estados Unidos.
De todas as formas, a ultra-conservadora governadora do Arizona, Jan Brewer, indicou que está disposta recorrer da sentença da magistrada.
Sua decisão foi apoiada pelo também ultraconservador movimento “Tea Party”, que esteve presente com uma guarda armada composta por ex-combatentes do Vietnã no escritório da governadora, para reafirmar seu apoio.

Nesta segunda-feira e em meio à polêmica, começaram a chegar os primeiros militares da Guarda Nacional que o Executivo estadunidense prometeu, com o objetivo de limitar o fluxo de imigrantes indocumentados pela fronteira com o México.

Até agora chegaram 140 militares, mas serão 1.200 soldados. Foi a cifra prometida pelo presidente Barack Obama, que tem se manifestado publicamente contra a aplicação desta lei, que atinge um número considerável da população do Estado. Estima-se que 12 porcento dos habitantes do Arizona poderiam ser imigrantes indocumentados.

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