8 de noviembre de 2011 | Noticias | Anti-neoliberalismo
Nos marcos do II Fórum Público: Agrocombustíveis na Colômbia, convocado por organizações sociais e não governamentais como continuidade do trabalho da Missão Internacional de Verificação que percorreu cinco regiões desse país em julho de 2009, dialogamos com o sacerdote Luis Carlos Inojosa que lista as nefastas consequências dos cultivos para carburantes sobre os direitos humanos e o acesso à alimentação das comunidades.
Este Fórum foi realizada na sede universitária de Bogotá na sexta-feira 4 de novembro com o objetivo de visibilizar os conflitos e impactos que sofrem as comunidades locais em sua vida, sua cultura e seus territórios, devido ao desenvolvimento dos projetos de agrocombustíveis.
As exposições demostraram o aprofundamento dos processos de violação de Direitos Humanos que já em 2009 a Missão Internacional, que contou com a participação da Rádio Mundo Real havia verificado e proposto em espaços governamentais e sociais desse país.
A convocatória ao Fórum foi um esforço de organizações como o Processo de Comunidades Negras (PCN), a Comissão Intereclesiástica de Justiça e Paz, a Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC), membros da Via Campesina Colômbia, Censat Agua Viva – Amigos da Terra Colômbia, Grupo Semillas e Fundação Compromisso.
Em entrevista com Rádio Mundo Real Luis Carlos Inojosa refere-se às consequências da expansão dos cultivos de palma africana com destino a biodiesel que têm sido promovidos pelo governo colombiano há uma década especialmente na região de Bajo Atrato na fronteira com o Panamá.
Este território possui uma biodiversidade tão alta quanto à da Amazônia, já que pertencem a mesma região biogeográfica de floresta úmida tropical, sendo reconhecida como Reserva Florestal em 1957 por sua intensa e endêmica biodiversidade, unida a uma cultura de hidrofloresta.
A população desta região sofreu de 1997 a 2001 operações militares e de forças ilegais do paramilitarismo que, sob o pretexto de combater a guerrilha, geraram o desalojamento de populações afrodescendentes, indígenas e mestiças destas bacias.
Isto significou que boa parte do território legalmente reconhecido como propriedade coletiva (43.700 hectares na bacia de Curvaradó e 54.973 hectares na bacia de Jiguamiandó) fora apropriado ilegalmente. Produto deste processo de desapropriação, até o dia de hoje têm se produzido na zona mais de 140 crimes de lesa humanidade e quinze processos massivos desalojamento forçado, disse à Rádio Mundo Real Diego Rodríguez da organização CENSAT-Agua Viva.
Respondendo a isto, as comunidades têm optado pela constituição de Zonas Humanitarias como estrategias de permanência em seus territórios e de proteção de seus direitos.
Foto: contagioradio.com
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