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15 de Novembro de 2010 | Notícias | Direitos humanos
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A cólera cresce no Haiti, agravando a crise humanitária do país
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Já são 900 os mortos pela epidemia de cólera no Haiti, que atinge esse país há mais de três semanas. Além disso, as autoridades sanitárias locais indicam que cerca de 14.600 pessoas têm sido tratadas com sintomas da doença em seis dos dez departamentos do país, enquanto os esforços dos centros públicos de saúde e das organizações de medicina humanitária são transbordados pelo rápido aumento dos atingidos pela doença.
A cólera é contraída através de água em mal estado e causa severas diarreias e vômitos: estima-se que foi causada por um dos contingentes da missão das Nações Unidas no Haiti, a Minustah, quando soldados nepaleses deixaram suas matérias fecais num afluente do rio Artibonite, iniciando o surto infeccioso. Esta hipótese é apoiada ainda pelo fato de que as cepas pesquisadas pelo Ministério de Saúde haitiano são muito similares as encontradas no sul da Ásia.
A doença soma-se à grande precariedade em que havia ficado a população do país após o terremoto no início deste ano, que havia agravado a situação de pobreza extrema em que estava grande parte do país. Agora, a cólera é um fator mais que se soma aos problemas humanitários das e dos haitianos.
Algumas das organizações de medicina humanitária que estão no lugar são Médicos do Mundo, Médicos Sem Fronteiras e Partners in Health. Estas organizações estão no limite de seus esforços, pelo que pedem donativos através de seus sites para aumentar a disponibilidade de camas com as que contam.
Conforme o veículo estadunidense Democracy Now, as Nações Unidas estimam que 270.000 haitianos poderiam contrair cólera nos próximos anos, pelo que teria pedido uma soma adicional de mais de 160 milhões de dólares de nova ajuda.
Até julho deste ano, as autoridades haitianas haviam recebido somente 2% dos cerca de dez mil milhões de dólares prometidos pela comunidade internacional para ajudar à reconstrução do país.
