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14 de Julho de 2010 | Notícias | Honduras Livre | Direitos humanos
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Zelaya vai coordenar a frente de resistência popular de Honduras
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Sem “qualquer tipo” de ressalvas. Assim aceitou o ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, o oferecimento para assumir a coordenação geral da Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP), e assumiu o compromisso de trabalhar dessa trincheira para que não fiquem impunes os assassinatos cometidos pelos responsáveis do golpe de Estado que o depôs em junho de 2009.
“Construiremos juntos a nova Constituição e, também, faremos a Assembléia Nacional Constituinte”, afirmou Zelaya numa carta pública escrita da República Dominicana e que foi divulgada no dia 12 de julho.
Nessa carta, o presidente deposto aposta no “fortalecimento” da FNRP como uma ferramenta válida para enfrentar “o momento histórico que vivemos todos os hondurenhos e hondurenhas”. “Nunca precisei de nenhum posto para defender os pobres e o povo hondurenho, e quero fazer constar que em todo este tempo de esforços e de tragédia, nunca tenho pedido um cargo para apoiar a Frente”, esclarece Zelaya
O novo coordenador geral da FNRP define-se como um “democrata por causas justas, humanas e pacíficas”, que tem enfrentado “sem temor à oligarquía e a seus tentáculos no norte da América, aos Estados Unidos”. “Arrisquei minha vida muitas veces, e estou disposto a fazê-lo. E o farei mais uma vez a pedido da Frente”, prossegue na carta, em que aceita o oferecimento.
Depois faz um chamado a seu “Partido não golpista, ao Partido Liberal em Resistência”, para que não se “manche as mãos com sangue com o tirano e sanguinário” Roberto Micheletti.
Na semana passada, Zelaya foi entrevistado pela emissora Radio Guiniguada, também desde sua estadía em República Dominicana, e ali foi enfático ao dizer que as maiores beneficiadas com o golpe de Estado que o depôs têm sido as companhias norte-americanas.
